Felicidade na Filosofia: Eudemonismo e Moralismo
Índice
1 Felicidade na Filosofia: Eudemonismo e Moralismo
2 Definições Gerais
3 Definições particulares de filósofos sobre a felicidade
1 Felicidade na Filosofia: Eudemonismo e Moralismo
A felicidade, na filosofia, pode ser definida como o estado de completa satisfação. Na filosofia antiga (Epicuro escreveu o primeiro tratado sobre a felicidade: A Carta ao Ménécée), a meta da vida humana é a felicidade, o fim perfeito e o Bem Soberano (summum bonum). A modernidade (Schopenhauer, Camus, Sartre, Kant) é muito mais pessimista quanto à sua possibilidade. A moral cristã tentou substituir a felicidade pela virtude como objetivo da existência.
A felicidade não se reduz ao prazer, já que se o prazer pode ser alcançado ou satisfeito, a felicidade nunca se deixa dar, visa-se a si mesma, projeta-se: “a nossa felicidade nunca consistirá no gozo pleno, onde não haveria nada mais a desejar; mas em progresso perpétuo para novos prazeres e novas perfeições”. (Leibniz).
2 Definições Gerais
Estado de completa satisfação, realização de desejos, caracterizado por sua plenitude e estabilidade. Distingue-se do prazer, que é muito efêmero, e da alegria, que é mais dinâmica do que a felicidade.
3 Definições particulares de filósofos sobre a felicidade
Aristóteles: “Se é verdade que a felicidade é a atividade em conformidade com a virtude, é bastante evidente que é aquela que está em conformidade com a virtude mais perfeita, isto é, a parte mais elevada do homem. É a atividade dessa parte de nós mesmos, uma atividade em conformidade com sua própria virtude, que constitui a felicidade perfeita”. (Ética a Nicômaco).
Leibniz: “Nossa felicidade nunca consistirá em desfrutar plenamente, onde não haveria mais nada a desejar, mas, no progresso perpétuo para novos prazeres e novas perfeições”. (A Monadologia).
Kant: “A felicidade é a satisfação de todas as nossas inclinações”. (Crítica da Razão Prática).
Kant: “Poder, riqueza, consideração, até saúde, bem como o completo bem-estar e contentamento do próprio estado, é o que se chama felicidade”. (Metafísica dos Costumes).
Hegel: “A felicidade não é um prazer singular, mas, um estado duradouro por um lado e um prazer afetivo. Por outro lado, também, circunstâncias e meios que permitem, à vontade, causar prazer”. (O espírito da fenomenologia).
Schopenhauer: “A felicidade positiva e perfeita é impossível; deve-se esperar apenas um estado comparativamente menos doloroso”. (O Mundo como vontade e representação).
Nietzsche: “O que é a felicidade? A sensação de que o poder está crescendo, que a resistência está sendo superada”. (O Anticristo).